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25 de Abril de 2024

Falha em execução de condenado à morte nos EUA será investigada

Governo de Oklahoma pediu investigação do caso. Veia do preso estourou ao receber injeção, diz departamento prisional.

há 10 anos

Clayton Lockett em foto de arquivo do sistema prisional de Oklahoma Foto AP PhotoOklahoma Department of Corrections File

Clayton Lockett em foto de arquivo do sistema prisional de Oklahoma (Foto: AP Photo/Oklahoma Department of Corrections, File)

A governadora de Oklahoma, Mary Fallin, pediu nesta quarta- feira (30) que a falha no procedimento de execução do prisioneiro Clayton Lockett, de 38 anos, seja investigada. Lockett morreu nesta terça (29) de ataque cardíaco depois que a sua execução, em prisão do estado de Oklahoma, fracassou. "Pedi ao departamento prisional que realize uma investigação completa dos procedimentos de execuções de Oklahoma para determinar o que aconteceu durante a execução de Lockett', afirmou Fallin em comunicado. A Casa Branca também se pronunciou sobre o caso nesta quarta, dizendo que a execução de Lockett ficou aquém dos padrões humanos necessários quando a pena de morte é executada.

O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, disse que o presidente Barack Obama acredita que as evidências mostram que a pena de morte não impede crimes. Mas, segundo ele, Obama acredita que alguns crimes são tão hediondos que a pena de morte é merecida, informa a agência Associated Press.

Falha

Segundo o departamento prisional, os agentes penitenciários usaram nova combinação de drogas em injeções letais, que estouraram uma das veias do prisioneiro. Clayton Lockett começou a respirar com dificuldade, contorcendo-se e tentando levantar a cabeça do travesseiro, depois de três minutos de receber a primeira das três injeções que tomaria segundo a AP. Após 10 minutos ele foi declarado inconsciente. Segundo Robert Patton, diretor do departamento, a segunda e a terceira drogas – uma paralítica e outra para parar o coração - estavam sendo administradas quando o problema foi percebido. Não ficou claro a quantidade de drogas que foi absorvida pelo preso. O prisioneiro movia os braços, pernas e cabeça e também balbuciava," como se tentasse falar ", disse à BBC Courtney Francisco, uma jornalista local presente no momento da execução.

Os funcionários então fecharam as cortinas da sala onde estavam, para que as testemunhas não continuassem assistindo. O alto funcionário da prisão chegou a declarar a suspensão do processo de execução, mas Lockett foi declarado morto minutos depois.

" Acreditamos que uma veia estorou e as drogas não funcionaram da forma esperada ", afirmou o porta-voz do departamento prisional, Jerry Massie, segundo a BBC.

O advogado do condenado, David Autry, questionou a afirmação do porta-voz e disse que seu cliente tinha" braços grandes e veias muito salientes ", segundo a Associated Press.

Padrões humanos

Esta foi a primeira vez que Oklahoma usou o sedativo Midazolam como o primeiro elemento da combinação de drogas para execuções, mas outros estados já o haviam usado. A Flórida administra 500 ml de Midazolam em sua combinação de três drogas; enquanto Oklahoma usou 100 ml. “Eles deveriam ter antecipado possíveis problemas com o protocolo de execução”, disse Autry.

Lockett foi condenado por atirar com uma espingarda em uma menina de 19 anos na casa em que assaltava e por assistir dois cúmplices enterrá-la viva, em 1999.

Outra execução que estava marcada para ocorrer duas horas depois foi cancelada. Os Estados Unidos devem atender a uma exigência da constituição de que a aplicação de injeções letais não podem ser cruéis nem provocar sofrimento incomum."Há sérias preocupações sobre a injeção letal com a revelação cada vez mais de incompetentes execuções realizadas com fármacos questionáveis de fontes questionáveis", assinalou o diretor legal da União Americana de Liberdades Civis em Oklahoma, Brady Henderson, em declarações enviadas à Agência Efe. Vários estados buscam novas fontes de drogas de execução, uma vez que as farmacêuticas, muitas delas com sede na Europa e que se opõem à pena de morte, pararam de vender as drogas letais convencionais para prisões.

Fonte: G1

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17 Comentários

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mas carmem podia ser o mesmo a ser usado contra a madrasta de Bernardo.concorda? continuar lendo

Sim, com certeza. Não conclui o raciocínio pois a net caiu por aqui. Mas vou completar informando que segundo a investigação, o menino morreu antes de ser enterrado, mas como se vê pelo artigo, onde o condenado sofreu pra morrer, conclui-se pelo uso da mesma medicação, que houve sofrimento e que foi enterrado vivo.
Que fiquem por anos na cadeia, que sofram muito, essas moças e o pai, que por pura ambição deram fim a vida do menino. Que quando saírem tenham suas vidas devastadas pela vergonha, que sejam marcados, para que, quando algum dia alguém olhar para eles se lembre do que fizeram. continuar lendo

G1 segue freneticamente seu trabalho de lavagem cerebral, segundo as diretivas
da "nova ordem mundial", aquela que se apresenta como multiculturalismo, mas que contam de oceanos de evidência como uma pirâmide de pessoas infiltradas até os ossos nos maís diversos setores públicos, de ong.s, organizações internacionais, fundações etc. Todos obedecendo mais ou menos conscientemente uma agenda ditada por um certo clube de bilionários internacionais.
Figurões se preferem comandar tudo de fora do centro do palco, para eles o centro do palco é para suas marionetes: políticos, redatores de notícias, colunistas, apresentadores de tv, "artistas intelectuais" etc.

Dentre eles se destacam banqueiros e industriais do setor dos armamentos justamente os que duplicam seus bilhões a cada grande conflito armado,
seja o que estão instigando agora na Ucrânia, para trazer de volta sua amada guerra fria e ameaça de 3 ª guerra mundial, sejam os ASSASSINATOS DE DEZENAS DE MILHARES DE VIDAS INOCENTES por ano; de todas as idades, gêneros, cores, religiões e origens.

prova que o modelo politicamente correto que trata figuras como: champinha, o casal assassino do menino gaúcho, os chefes do tráfico, estupros, torturas e assassinatos do comando vermelho como vítimas da sociedade, que vão ser miraculosamente reeducados após receber uma piada de aninhos de reclusão pelo assassinato de uma vida humana inocente, reclusão a ser alterada para liberdade provisória, fora as aberturas de portões várias vezes por ano, como agora no dia das mães, que convite para eles saciarem a sede de crimes que cometem a cada data como essa como provam as frias estatísticas para a tragédia irreparável das vítimas inocentes, seus dependentes e demais familiares e amigos.

O EFEITO PREVENTIVO das penas capazes de intimidar os assassinos é o conceito chave da questão da pena de morte.
Do jeito que está temos a pena de morte no Brasil, DEZENAS DE MILHARES DE EXECUÇÕES todos os anos PELO CRIME DE TER SIDO A VÍTIMA ESCOLHIDA pelo assassino que é também o carrasco, e o juiz , corpo de jurados, os advogados de acusação e defesa do julgamento que não existe.

VERGONHA para quem vem aqui retratar como vítima inocente um julgado e condenado a pena de morte sem citar o resumo da sentença que o condenou nem sequer o crime imputado.

Estão mesmo certo que não existe uma justiça de verdade nesse universo? uma que não é esse insulto contra a palavra justiça como a "justiça"(sistema judiciário) do Brasil e maioria dos países? A saidinha de dia das mães está batendo na porta,
se eles encostarem a moto ao lado de seu carro e puxarem o gatilho, vocês vão mesmo achar que tem o direito de reclamar contra O SENHOR DA JUSTIÇA?
quem não se arrepende em abusar da misericórdia dEle pode antes mesmo do tal do dia do julgamento, acabar colhendo o que está plantando. continuar lendo

Esse não foi o mesmo medicamento usado pela madrasta do menino Bernardo no Rio Grande do Sul?
Segundo a investigação, o menino morreu antes de ser enterrado, mas como se vê pelo artigo, onde o condenado sofreu pra morrer, conclui-se pelo uso da mesma medicação, que houve sofrimento do menino e que foi enterrado vivo.
Que fiquem por anos na cadeia, que sofram muito, essas moças e o pai, que por pura ambição deram fim a vida do menino. Que quando saírem tenham suas vidas devastadas pela vergonha, que sejam marcados, para que, quando algum dia alguém olhar para eles se lembre do que fizeram. continuar lendo

Olá Carmem é o mesmo medicamento usado por Graciele, madrasta do menino Bernardo. Como dizem o que se faz aqui, aqui mesmo se paga, imaginem o quanto deve ter agonizado a vítima desse condenado, por ter sido enterrada viva? continuar lendo

Imagina se daqui a alguns anos alguém acaba provando que o condenado fora inocente da acusação?

Voto contra a pena de morte. continuar lendo

Improvável. É melhor que, por questões estatísticas, algumas falhas ocorram, do que por omissão bandidos fiquem impunes.

Erros podem acontecer em qualquer lugar; o mesmo pode ocorrer para quem for condenado a 30 anos de cadeia, como alguém que pilota um avião dormir no ponto e a aeronave cair. continuar lendo

Achille se for ser seguida esta teoria da inocência crimes mostruosos como este ficaria sempre impune porque na verdade a prisão não pune ninguém só tira a liberdade. Punir é fazer o criminoso pagar na mesma moeda pelo sofrimento que causou a vítima.
É um grave erro judicial no Brasil não ter a PENA DE MORTE. No caso da possibilidade de pessoas inocentes ser executadas, vale a pena o custo benefício. Se em 1000 execuções, um for inocente valeu o sacrifício. Sem dúvida alguma a PENA DE MORTE não reduz a criminalidade, mas dá 100% de garantia de que aquele criminoso não fará, nunca mais, mal a ninguém. continuar lendo

Estatística de erro tolerável se não for com os senhores ou com suas famílias. Mas deixando o sentimentalismo de lado, até porque não nutro qualquer sentimento bom em relação a bandido.

Sun Tsu, um sábio general chinês da época dos estados guerreiros, em seu livro "A arte da Guerra" ensina que: não se deve deixar o inimigo saber que ele não tem escapatória (vai morrer), pois encontrará forças onde nem ele sabia que tinha e perder qualquer freio que o impedisse de violar qualquer regra moral no combate (hoje seria algo como usar crianças como escudo, armas químicas,...). O próprio general relatou que, algumas vezes, colocou sua tropa em situação em que a única chance de sobrevida seria passar sobre os corpos do exército inimigo.

Dos ensinamentos de Sun Tsu verificamos que se um criminoso sabe que sendo capturado ele será executado, não tendo mais o que perder, ele passará a ser muito mais danoso para a sociedade, pois não importa o que fizer ele não será punido pelos novo crimes sejam eles quais forem (os já praticados já lhe custarão a vida).

No mais, se a pena de morte impedisse a realização de crimes violentos, não haveria nos EUA os chamados "corredores da morte" com pessoas aguardando sua vez para serem executadas (fila zero). continuar lendo